sexta-feira, 10 de junho de 2011

CGL reduz custos internos, mas não nas contratações!

Sabe quando você uma fortuna na realização de um banquete e economiza no palito de dentes? Pis é isso que a Comissão Geral de Licitação (CGL) passou a fazer desde o início deste mês. Adotou medidas que "visam a sustentabilidade e a redução de custos dentro da Administração Pública. Segundo determinação do presidente, Epitácio Neto, serão economizados imediatamente 20% do orçamento e os cortes ao final ajudarão a diminuir as contas e ainda a amparar o meio ambiente".

Ok, o exemplo deve sempre partir de casa. E ainda vem com um tempero de preocupação com  o meio ambiente : reduzirão gastos com papel, "Todas as impressoras foram programadas para trabalhar no modo frente e verso. “Inclusive os editais e processos realizados pela CGL serão impressos desta maneira. Economizaremos a metade do material utilizado, o que já é bastante, e ainda ajudaremos a preservar o meio ambiente”, afirmou o presidente." Mas a CGL pode economizar muito mais que isso! O que são R$ 300 mil na frente de R$ 10 milhões?

Redução com telefonia, serviço terceirizado de limpeza e publicações também estão dentro das medidas anunciadas. É uma atitude louvável! Serão economizados 50% do que gasta a CGL, mas não foi dito quanto é que a CGL gasta.

Mas eu pensei que dentro dessas medidas viria a adoção de uma ampliação das empresas a serem contratadas para a realização de serviços e aquisição de produtos. Sabemos que pelo menos na  compra de  camisas para a Seduc poderiam ser economizados pelo menos R$ 10 milhões de reais. Não sei quanto mais poderiam ser economizados em outras compras, mas sei que se permitir a participação de micro e pequenas empresas, bem como cooperativas, os serviços seriam  prestados com a mesma qualidade e com preços dentro da realidade. O mesmo se pode falar da aquisição de produtos.

Mas olha, é o início de um novo governo, vamos dar um tempo para ver se esta nova gestão se livra do que aconteceu na anterior, quando foram detectadas realização de obras fantasmas no Alto Solimões, superfaturamento, ops, sobrefaturadas, como a da ponte sobre o rio Negro, que inicialmente sairia por R$ 450 milhões e já passou dos R$ 1 bi.

Um comentário:

  1. Taí uma boa idéia. Passa a régua, manda tudo pro TCE e começa tudo de novo de modo limpo

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