terça-feira, 29 de março de 2011

Democracia não é só votar!

Muito de fala sobre vivermos em uma democracia, sobre o quanto se lutou para que tivéssemos o direito de ir às urnas como se esse fosse o ato derradeiro de cidadão. Mas não é isso apenas. Não basta apenas votar e voltar para a casa alugada em um bairro sem urbanização da periferia, dentro de um ônibus velho e lotado passando por ruas esburacadas.

Aliás, por viver nessas condições, o cidadão deveria exercer o principal fundamental da democracia: cobrar a quem ele deu o direito de defender os seus direitos no parlamento ou, executar, no caso dos gestores. Normalmente o papel de fiscalizar os atos do executivo é dos parlamentares, mas não é o que ocorre porque os mesmos confundem, ou se deixam levar pro ser amigo do rei e acabam deixando de lado quem os elegeu.

No caso dos governantes, por fazerem campanhas milionárias, por vezes gastando dez vezes mais do que receberão em salário, precisam reembolsar empreiteiras, empresas de ônibus e outros fornecedores da União, Estados e Municípios através das licitações. Foi assim com a Consladrões, ops, Consladel, que deu R$ 470 mil para a campanha do prefeito Amazonino Mendes, e levou um contrato de R$ 93 milhões.

Mas o exercício de cidadão aqui no Amazonas está se tornando mais difícil. O hábito de ser crítico e dizer o que se pensa vem se tornando insuportável, sobretudo nas redes sociais, em função de haver uma verdadeira tropa de choque, do tipo daquela que defendia o ex-presidente Fernando Collor. Mas pior que isso é o efeito que causa nas outras pessoas: elas não fazem mais o debate que era peculiar no twitter, por exemplo. A definição que melhor explica a situação foi dada neste dia 28, pelo Ismael Neto: a gente já é meio hanseniano aqui no TT...

Que o exercício de liberdade de opinião seja preservado. Sempre!

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